As redes sociais têm um potencial enorme para divulgar seu produto e serviço. Milhões de usuários estão conectados diariamente e o administrador que usa este recurso para apresentar sua empresa é inteligente. Só que é preciso entender que uma rede social não é o seu site, e existem motivos para que você não abandone o seu site de lado para investir apenas numa página de uma rede social. Vamos ver alguns motivos?
Uma rede social é um ambiente que várias pessoas passam um tempo no dia (ou em alguns casos, passam o dia inteiro). Mas será que todos os que estão conectados estão interessados no seu produto ou serviço? Uma rede social é formada por pessoas que conhecem você (ou sua empresa) de alguma forma. E esta pessoa ao curtir uma página sua, acaba divulgando um pouco, quase que recomendando sua empresa. Mas, você já se perguntou qual o alcance deste link?
Se fizermos um exercício simples, de que cada pessoa possui 100 amigos, e que entre estes amigos, apenas 2% possam seguir a mesma empresa que você divulga, verá que o elo de divulgação da sua página vai enfraquecendo a cada pessoa alcançada.
Outra coisa a ser levada em consideração é que você alcança o "amigo do amigo", ou seja, seu networking é limitado. Claro que ele é muito maior do que sua rede de contatos real, mas ainda assim, é limitado ao alcance e a qualidade das pessoas que curtiram sua página. Qualidade neste caso não é em relação às pessoas em si, mas ao potencial que estas pessoas possuem para gerar negócios para você. Quantas pessoas são potenciais consumidores do seu produto ou serviço, e ainda mais, quantas pessoas estão disponíveis e dispostas a consumir seu produto naquele momento que sua timeline mostra seu produto?
Quando uma pessoa está numa rede social, ela não procura nada além de distração. É uma enorme coincidência alguém se conectar numa rede e naquele exato momento, sua empresa aparecer para ela. Mesmo que seja algo que a pessoa tem interesse, você terá que brigar pela atenção dela, afinal são várias piadas e posts de amigos, mensagens de incentivo e fotos de animais fofinhos. Reconheça, é difícil competir com estas distrações. Aproveite para responder com honestidade quantas vezes você parou de usar uma rede social porque viu um anúncio de algo que te chamou a atenção e você realizou um negócio, seja uma compra ou um contato com o dono desta página (não vale um curtir ou compartilhar).
Imagine este cenário: um potencial consumidor procura você no Google. Encontra seu site no resultado de buscas, vai para a sua página. Lê informações sobre seus produtos e serviços. Olha no rodapé da página, e vê endereço, telefone, até mesmo CNPJ. Clica num link e vai para a página de contato da sua empresa. Preenche o formulário e clica no botão enviar. Pronto, você acaba de receber um contato de um possível cliente. Agora depende de você.
Agora, imagine outro cenário: um potencial consumidor procura você no Google. Encontra no resultado de busca uma página do Facebook apenas. ele pensa: puxa, esta empresa não tem um site? Ela deve ser amadora… Ou então, o potencial consumidor não usa esta rede social, ou não gosta do Facebook. Pronto, acabou de perder um precioso contato.
Você não criou dificuldades para o usuário, mas elas existem. Seu trabalho é criar facilitadores para que seu público não tenha dificuldade em contatá-lo, entender seu produto ou constatar que sua empresa é séria e existe de verdade. Não pode haver nenhuma dúvida por parte do usuário por falta de informação da sua empresa.
A rede social tem como princípio democratizar a informação. Ela é de todos. E isto para um negócio é ruim. Seu público pode mudar o foco da sua página, transformando-a numa tribuna de protestos para determinado partido político, ou então, começar a falar mal de uma pessoa que maltrata animais. Em casos piores, pode começar a reclamar de um produto que você comercializa, e este produto nem é fabricado por você, mas vai haver pessoas que não entenderão o objetivo da sua empresa (revender um produto) e vão encher sua página com reclamações, dizendo que o produto é de baixa qualidade, que o consumidor não deve comprar, a dor de cabeça que teve com a troca de peças, etc. Pronto, seu intuito de divulgar o melhor da sua empresa dá espaço para algo que você não controla mais e que pode ser prejudicial ao seu negócio.
Outra coisa comum é a empresa que é a real dona da rede social (O Facebook, o Twitter, o Youtube, etc…) mudar a forma com que as páginas são apresentadas. As mudanças podem ser desde cores e disposição da informação até veiculação de publicidade (que pode ser exatamente do seu concorrente de maior porte) aparecerem no meio da sua página… lembre-se que o ambiente não é seu, é uma área "democrática" (menos para a real dona da rede social!).
Redes sociais são ótimas. Servem para divulgar seu produto, alcançar pessoas, medir a aceitação dos produtos comercializados e o nível de qualidade dos seus serviços. Permite alcançar uma parte do seu público. Mas não limite-se a apenas usar uma rede e principalmente, uma página não substitui seu site.
Usar uma rede é quase como limitar seu produto a um nicho, um time de futebol ou um partido político. Seu produto e seu serviço tem que atingir as pessoas que querem comprar seu produto naquele momento. E você tem obrigação de facilitar este contato para seu consumidor ou futuro cliente.
Muitas pessoas usam uma página no Facebook no lugar de melhorar seu site porque acha mais fácil administrar a página do que ajustar seu site. Facilitar isto para você pode gerar um péssimo relacionamento com seus clientes. Se quer facilitar sua vida, recomendamos consultar um profissional para ajudá-lo neste processo. Foque no seu negócio, e delegue a atualização do seu site, a criação correta de redes sociais e a forma com que todos estes ambientes se integram seja executada de uma forma que traga o máximo de benefícios para sua empresa e para seu público. Seus consumidores, seus clientes e seu faturamento vão agradecer!
E você, acha as redes sociais podem substituir um site ?